A Deportação de Bisbee foi o sequestro e deportação ilegal de cerca de 1.300 trabalhadores mineiros em greve, seus apoiadores e espectadores cidadãos por 2.000 membros de um pelotão delegado, que os prendeu a partir de 12 de julho de 1917, em Bisbee, Arizona. A ação foi orquestrada pela Phelps Dodge, a maior mineradora da região, que forneceu listas de trabalhadores e outros que seriam presos ao xerife do condado de Cochise, Harry C. Wheeler. Os presos foram levados para um parque de beisebol local antes de serem carregados em vagões de gado e deportados 200 milhas (320 km) para Tres Hermanas, no Novo México. A viagem de 16 horas foi pelo deserto sem comida e com pouca água. Uma vez descarregados, os deportados, a maioria sem dinheiro ou transporte, foram advertidos contra o retorno a Bisbee. O governo dos EUA logo trouxe membros do Exército dos EUA para ajudar na realocação dos deportados para Columbus, Novo México.

Como Phelps Dodge, em conluio com o xerife, havia fechado o acesso a comunicações externas, demorou algum tempo até que a história fosse relatada. A empresa apresentou sua ação como uma redução das ameaças aos interesses dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial na Europa, em grande parte porque a demanda por cobre durante a guerra era grande. O governador do Novo México, em consulta com o presidente Woodrow Wilson, forneceu alojamento temporário para os deportados. Uma comissão presidencial de mediação investigou as ações em novembro de 1917 e, em seu relatório final, descreveu a deportação como "totalmente ilegal e sem autoridade legal, seja estadual ou federal". No entanto, nenhum indivíduo, empresa ou agência foi condenado em conexão com as deportações. O Arizona e o Condado de Cochise nunca processaram o caso, e em United States v. Wheeler (1920), a Suprema Corte decidiu que a Constituição por si só não dá ao governo federal o poder de impedir seqüestros, mesmo aqueles envolvendo a movimentação de abduzidos através das fronteiras estaduais em ferrovias regulamentadas pelo governo federal.